Quem é empreendedor sabe que não é nada fácil ser dono do próprio negócio, mantê-lo funcionando a todo vapor e ainda garantir que ele seja sempre muito bem-sucedido.
São muitas atividades para controlar, acompanhar e gerenciar, tanto que no meio da enorme correria, alguns cuidados importantes com a gestão financeira podem acabar passando batidos no dia a dia.
Para evitar que isso aconteça, não custa nada lembrar de algumas dicas clássicas que podem ajudar a melhorar a gestão financeira do seu negócio, como as que você encontra na listinha a seguir:
Faturamento versus lucro
Um primeiro passo importante para cuidar direitinho das finanças de um negócio é ter em mente a diferença entre faturamento e lucro.
O faturamento é, de forma resumida, o valor que o empreendimento faturou ao longo de determinado período de tempo. É com base nesse número que o Governo calcula quanto a sua empresa terá que pagar de impostos fiscais.
Por sua vez, o lucro é dividido entre duas categorias: bruto e líquido. O lucro bruto refere-se ao faturamento da empresa menos todos os custos variáveis. Já para calcular o lucro líquido, você deve subtrair os custos fixos e variáveis do faturamento.
Ter uma real noção dessa diferença e, consequentemente, dos números do faturamento, do lucro bruto e do lucro líquido da empresa é importante para avaliar quanto de dinheiro está entrando, se e quais são os prejuízos e como anda a saúde financeira da empresa, além de projetar o crescimento do negócio.
Monitorar o fluxo de caixa todos os dias
Esta pode parecer mais uma dica óbvia, no entanto, em meio à correria do dia a dia de um empreendedor, não é tão difícil se esquecer de acompanhar diariamente o fluxo de caixa da empresa.
Entretanto, para evitar prejuízos, é essencial que o empresário tenha uma ideia muito clara de como andam as finanças do seu negócio. Ao fazer esse monitoramento diário, é possível identificar se algo não anda bem ou precisa mudar, perceber e evitar gastos desnecessários e até detectar oportunidades de crescimento, além de ter dados para avaliar o sucesso da empresa.
Já sem fazer uma análise rigorosa do caixa e, consequentemente, sem ter uma noção concreta do dinheiro que está entrando e saindo e sem fazer os ajustes necessários, o risco é chegar ao final do dia, semana ou mês com as contas no vermelho, colocando em risco a sobrevivência do negócio.
Separar as finanças pessoais das finanças da empresa
O erro de misturar as finanças pessoais com as finanças da empresa pode ser comum, especialmente entre os micro e pequenos empreendedores. Porém, isso pode ter consequências bem negativas para o seu negócio.
Em momentos de aperto financeiro, o empresário pode se sentir tentado a tirar dinheiro do caixa da empresa para pagar as suas despesas pessoais, devido à facilidade de acesso a esse dinheiro.
No entanto, isso é algo que pode ter consequências para a sobrevivência do negócio, especialmente se a empresa ainda não estiver tão estabilizada quanto ao seu faturamento e lucro. Em outras palavras, é possível que a quantia tirada para as contas pessoais faça falta para sustentar a empresa.
Portanto, o ideal é manter tudo bem separadinho entre a vida pessoal e a empresa: por exemplo, as despesas, contas em banco, cartões e extratos.
Além disso, é aconselhável que o empresário separe um salário para si, de modo que possa se sustentar, e que faça reservas em seus momentos mais prósperos para que tenha como lidar com imprevistos ou emergências no futuro sem precisar tirar dinheiro do seu negócio.
Planejar a expansão com cuidado
Que empreendedor não sonha em expandir o seu negócio? Mas, para fazer isso sem sofrer com prejuízos lá na frente, é fundamental realizar tudo com muito planejamento e cuidado.
Se a empresa está indo de vento em popa, os seus produtos ou serviços estão tendo sucesso, se consolidando no mercado e você já delineou as oportunidades de crescimento, pode ser a hora de pensar em uma expansão.
Entretanto, é essencial planejar esse próximo passo de forma equilibrada, tendo em vista não apenas os seus objetivos, mas também a realidade do negócio e o mínimo de dinheiro que precisa haver para que o empreendimento sobreviva.
Em outras palavras, isso envolve avaliar os custos da expansão com cuidado, para não fazer gastos altos desnecessariamente, como mudar-se para espaços muito maiores do que a empresa realmente precisa e contratar mais funcionários do que a demanda exige.
As informações são da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).