Unificar o real é viável? Entenda as desvantagens

Unificar o real é viável para o futuro econômico do Brasil e MERCOSUL? O novo governo trouxe bastante destaque a essa pauta. E estudam a possibilidade de criar uma moeda unificada para o comércio e negociações entre os países localizados na América do Sul. A ideia tem como principal ponto a proposta de contornar o câmbio do dólar americano. O presidente acredita que o real acaba sendo prejudicado em detrimento do dólar americano, o qual se coloca como moeda internacional.

E por conta disso, o presidente acredita que evitando o dólar nas negociações estrangeiras, o bloco da américa do sul ganhará muito mais autonomia e valorização. Ou seja, se em algum momento houve a ideia de substituir o real e o peso por uma fusão entre as duas moedas, entenda que as coisas já não são mais assim. 

Unificar o real é viável para o futuro econômico do Brasil e MERCOSUL? Por enquanto o projeto tem como intuito uma moeda unificada continental que não substitua as moedas de uso interno. Ou seja, em tese o Brasil continuaria utilizando o real dentro do seu território. E a Argentina continua negociando com o Peso. A moeda unificada do Mercosul só seria utilizada nas negociações entre países com moedas diferentes. Ex: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Então o impacto interno não será tão grande quanto seria caso substituísse a moeda. Mas apesar disso, não significa que não haveria nenhum impacto econômico.

Caso de fato ocorresse uma unificação entre o real e o peso (coisa que não vai acontecer neste momento) ocorreria sim uma grande desvalorização do real. Pois a inflação brasileira acabaria se atrelando a Argentina. Fator o qual reduziria a inflação do nosso país vizinho em detrimento do aumento da nossa própria inflação. 

Ou seja, esse tipo de parceria seria muito vantajoso para os Argentinos que hoje contam com uma inflação de cerca de 90% ao ano. Mas os brasileiros seriam severamente prejudicados neste cenário. Porém o presidente Lula demonstrou que a ideia por enquanto não é a de unificar a moeda interna. Fator o qual não nos colocaria em risco. Ou ao menos em teoria.

América do Sul terá mais do que uma parceria econômica

De acordo com as últimas reuniões entre Lula, Fernandes e outros presidentes da América do Sul, a ideia é buscar o fortalecimento da América do Sul tanto na questão financeira quanto política. O presidente brasileiro quer aumentar o protagonismo da América do Sul dentro de órgãos como a ONU. E ainda critica a falta de igualdade que os países pobres possuem dentro do órgão. Alegando que os países mais ricos contam com privilégios no quesito de decisões gerais.

Unificar o real é viável para o futuro econômico do Brasil e MERCOSUL? Ainda é cedo para especular se essa aproximação do Mercosul realmente vai acontecer. Mas é evidente que há uma grande iniciativa no novo governo brasileiro de Esquerda em buscar uma união com outros governos com a mesma visão política. 

Valendo lembrar que os países da América do Sul são majoritariamente governados por líderes de esquerda e de centro-esquerda. O que indica que Lula encontrará bastante apoio em relação às suas novas ideias de parcerias econômicas, políticas e diplomáticas.

Para que você possa compreender melhor o conceito da aproximação do novo governo brasileiro com os países sul americanos, é necessário entender a ideia geral do Mercosul. Apesar da maioria das pessoas conhecerem o bloco, poucos sabem exatamente como ele funciona.

O que é o Mercosul e quais são os seus objetivos?

O Mercosul tem como principal objetivo promover a integração dos países que compõem a América do Sul, com foco naqueles localizados no Cone Sul. A união integra não apenas os âmbitos econômicos e políticos. Ele também tem um grande foco na questão social do bloco. O intuito principal é preservar a democracia dos países que fazem parte do continente sul-americano. Valendo ressaltar que o principal requisito exigido para que um país possa entrar no Mercosul é possuir um governo oficialmente democrático.

Os países membros do Mercosul são os seguintes: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Valendo ressaltar que a Venezuela já foi um membro do Mercosul, e provavelmente voltará a ser agora que Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito presidente da república no Brasil. O fato do principal país do bloco ter um líder que possui boas relações com Maduro aumenta as chances do bloco dar uma nova chance para a Venezuela integrá-lo.

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